1. Superprodução
Este desperdício compreende o processamento excessivo, além do que o cliente pede, ou seja, a falta do cumprimento de uma sequência lógica de funcionamento do processo. A falta de padronização inibe o gerenciamento e controle eficaz de um processo e não agrega valor. Para eliminar esse desperdício, é preciso reconhecer o que realmente o cliente necessita, evitar retrabalhos, ter cuidado com atividades desnecessárias e implantar processos padronizados.
Existe uma ferramenta que pode auxiliar muito o MFV - Mapa de fluxo de valor que basicamente tem como finalidade identificar, sob o ponto de vista do cliente, quais atividades do processo agregam valor ou não ao produto comercializado.
2. Superprocessamento
Neste desperdício vem à tona aquele debate muito comum: qualidade ou quantidade?
Esse desperdício diz sobre produzir em excesso, ou seja, obter mais saídas de materiais ou informações que o necessário.
Para combater a produção excessiva existe a ferramenta TRF (Troca Rápida de Ferramentas), que consiste em uma ferramenta empregada para reduzir o tempo gasto com setup. Pense assim: "Se eu tenho no meu processo um setup muito demorado, ou seja, uma operação inflexível, eu vou querer produzir o máximo possível deste mesmo produto antes de iniciar a produção do próximo". Então, respondendo à pergunta, a qualidade é mais essencial! Pois a quantidade pode gerar muito materiais supérfluos, não gerando qualidade para a produção.
3. Estoque
Este desperdício está ligado ao armazenamento excessivo de insumos, matérias-primas, produtos intermediários e produtos acabados. Estocar materiais em excesso impede a descoberta mais eficaz de problemas decorrentes do processo produtivo, dificultando assim o desenvolvimento de atividades que busquem melhorar o desempenho empresarial. Vale a pena lembrar sempre, "estoque é dinheiro parado". Para organizar a movimentação e a estocagem de materiais no processo, a ferramenta Kanban do Lean é a mais indicada, além, é claro, do sistema de administração da produção, o Just in Time, ou seja, produção por demanda, só produzir o que realmente é necessário.
4. Transporte
Este desperdício é atrelado ao transporte dispensável de materiais, funcionários e informações no processo. Vale lembrar que todo transporte é um desperdício, pois não agrega valor ao produto, no entanto, muitas vezes ele é necessário ao processo. Sendo assim, já que é um mal necessário, ele deve ser minimizado. Para combatê-lo é preciso ter todos os componentes próximos, escolher bem o percurso analisando os custos totais e as possibilidades de trabalho, além de buscar o fluxo de um único produto. E para auxiliar na eliminação desses desperdícios uma ferramenta bastante eficaz: o 5S. Essa ferramenta ajuda a criar a cultura da disciplina, identificar os problemas e gerar oportunidades de melhoria.
5. Movimentos desnecessários
Este desperdício se refere à movimentação demasiada e desnecessária, seja dos equipamentos ou dos colaboradores no processo. O tempo gasto com esses movimentos poderia ser utilizado de forma a aumentar a produtividade da empresa e a agregar valor ao produto ou serviço. Afinal, tempo é dinheiro! Existem algumas formas para eliminar este desperdício, por meio de uma boa organização do trabalho, uma otimização do layout e principalmente, deixando os materiais e ferramentas próximos ao local de realização do processo.
6. Defeitos e retrabalho
Este desperdício considera a produção de produtos defeituosos gerados pelo processo, que são posteriormente retrabalhados ou sucateados. Nada pior do que fazer um trabalho todo, gastar um tempo com aquilo e no final ter que fazer tudo de novo, gerando gastos, tanto de materiais, quanto de recursos e mão de obra. Para impedi-lo de ocorrer, trabalhando na prevenção e não na correção do problema. Exemplos de ferramentas aplicadas: Uso de dispositivos Poka-Yoke e a ocorrência de eventos Kaizen.
7. Espera
Este desperdício faz referência à inoperância de funcionários, máquinas fabris e demais recursos no processo. Sabemos que cada etapa de um processo possui diferentes capacidades. E para gerenciar e otimizar este fluxo, existem 2 conceitos do Lean: o Takt Time e o Just in Time, que auxiliam na organização e distribuição das atividades, criando um fluxo de trabalho. Além de produzir apenas aquilo que é necessário, no tempo certo.
8. Conhecimento (pessoas)
Este é um desperdício decorrente do conhecimento intelectual e habilidades de colaboradores que não são bem aproveitadas. Os colaboradores algumas vezes são tratados como robôs, que são programados apenas para fazer aquela determinada função. Isso não é interessante para o processo. Incentivar o intelectual humano é uma das grandes estratégias de motivação profissional. É papel do gestor identificar as atividades mais propícias para cada trabalhador. Além disso, procurar sempre motivar e desenvolver os colaboradores.
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